Para Miguel, Lúcia, Lina,
Jorge e Breno, companheiros felizes de sessão
O
novo filme da Dreamorks é mais do que uma simples animação. Dos mesmos autores
do inesquecível Shrek (mesma fórmula da feiura fofa), para Trolls também pode
ser atribuída à classificação de aventura e comédia musical, sobretudo, um bom musical.
A trilha sonora é de excelência, daquelas
que fazem a gente se sacudir na cadeira do cinema. As crianças grandes reconhecerão
muitos hits revisitados (John Travolta e Elton John dentre eles).
Estruturado
no binômio Felicidade x Tristeza ou Entusiamo x Apatia, temos de um lado os
coloridos e pequeninos Trolls liderados pela sempre otimista Poppy, e do outro
os cinzentos e gigantes Bergens, cuja tristeza só pode ser unicamente revertida
por um antídoto: comer os Trolls...Numa espécie de ritual antropofágico, os
cinzentos precisam devorar a poder dos coloridos para assimilar seus
sentimentos positivos e sua cor, caso contrário, são condenados à tristeza
profunda e contínua.
A
princípio parece um maniqueísmo bem simplista típico dos contos de fadas
tradicionais, mas o desenho vai ganhando contornos bem interessantes ao longo
da trama. O conflito surge quando os Trolls, liderados pelo seu rei, o pai de
Poppy, resolvem fugir com seu povo no dia do Festival em que seriam devorados.
Escondem-se por longos anos em um reino subterrâneo de pura alegria, até que
são encontrados e correm risco de vida novamente. Daí surge toda a graça do
desenho. Na luta pela sobrevivência, a já Princesa Poppy encontra no rabugento
Tronco, um parceiro de aventuras e um grande amor.
Na
jornada engraçadíssima, ainda renovam o clássico Cinderela através da ajudante
de cozinha do Rei dos Bergens que alimenta um amor por sua majestade. O pobre
reizinho nunca conheceu a felicidade, até desfrutar do amor dessa Gata
Borralheira de patins (virou uma diva na mão dos Trolls) e comer pizza em sua boa
companhia, imagem que denota outras possibilidades de ser feliz...E o melhor de tudo, a tal felicidade está em nós mesmos e nas nossas relações...
Destacam-se
ainda no filme o colorido especial, os traumas que nos fazem ficar acinzentados,
o poder curativo do afeto e dos abraços, a lealdade, a coragem e outros tantos valores
que as crianças e nós, crianças grandes, precisamos lembrar sempre. E toda a
história é contada através de uma espécie de livro mágico, que vai dando vida
aos personagens, reavivando nossas emoções e acionando camadas profundas da nossa alma ao correr das páginas e dos
pixels...Desde Toy Story, Shrek, Divertidamente que eu não gostava tanto de um
desenho...
Alana, perfeita análise. Assisti , gostei muito e indiquei aos amigos. Vale conferir.
ResponderExcluirMaria Zélia
Vi o trailer e fiquei interessada. Depois de ler este texto, não perco por nada.
ResponderExcluirLeve seus pequenos e grandes...é lindo!
ExcluirVi o trailer e já me interessei, agora, então é que não perco mesmo.
ResponderExcluirAqui em casa fomos todos... Achei o filme perfeito! Concordo com vc - desde Divertidamente não gosto tanto de um desenho. Pensei nisso quando saí do cinema! E olha que assisto a muitos!
ResponderExcluirParabéns pelo seu texto.